Meus Poemas:
Maciez dos sentidos
Lábios alegres entregam-se,
Encontram-se na maciez dos sentidos.
Unidos desde sempre,
Ansiosos, sorridentes.
Como sempre desejados,
Neste encontro usual,
Quase sempre casual.
Flamejante, intenso perde o senso,
Desabrocha o subconsciente, sente rente,
Se apruma e coaduna, incessante se
Culmina, como obra prima.
E na cumplicidade
Duplicada deflagrada inerte,
Almejada e alcançada
Se enlouquece.
AB Jan / 2015
Permeando
Nos desencontros encontro a dor.
De semblante triste, vagueio permeio,
Clamo teu amor, meu meio, teus seios,
Que exploro sem pudor.
Te espero, te procuro, te quero,
Me refaço, sem compasso no teu traço.
De peito aberto, ando incerto,
Recomeço e não meço, estou deserto,
Sem o toque dos teus braços.
Cato meus cacos e sem tato,
Revejo nossas vidas, nosso trato.
Nessa paixão desmedida,
Por você minha vida.
AB Jan / 2015
Face oculta
Não quero te falar de inspiração,
Nem invocar os deuses complacentes.
Somos semblantes na multidão,
Desprovidos de faces, ocultos na imensidão.
Perdura-me o latejar incessante,
Das conquistas descabidas, vividas.
Perenes, hoje ausentes torturam-me,
As incógnitas da própria vida,
De certo mal resolvidas,
Que no amor escaldante se expressa,
Reluzindo o impenetrável, afável e,
Doce resumo da minha paixão!
Vida, que te quero viver!
Mas longe do naufrágio, contemplado,
Apenas pela Lua no crepúsculo
Crescente do amanhecer.
AB Fev / 2015
Quietude
Hoje eu quero a calma de um ancião
A paz dos ventos nas praias,
E a sabedoria almejada, inspiradora.
Quero ver além dos horizontes
O que vem depois das nuvens
Mostrar através do brilho dos meus olhos
A quietude dos reis sábios,
Que se manifestam pelos raios solares,
Em esplendor natural.
Quero voar como gaivotas
E fluir sobre as ondas despretensiosas.
Hoje só quero isso!
AB Mar / 2015
Emanações do bem
Calma, paciência e tranquilidade.
Pureza, esplendor e paraíso.
Amor, paixão e aconchego.
Suavidade, brisa e vento.
Fartura, riqueza e prosperidade.
Conduta, lógica e razão.
Paz, felicidade e alegria.
Valente, forte e saudável.
Gente, pessoas e amigos.
Sentimento, ternura e poesia.
Tempo, vida e longevidade.
Artes, imagem e ação.
Acordes, tons e música.
Certeza, fé e afinco.
Criar, aprender e descobrir.
Ter, ser e partilhar.
AB Mar / 2015
A fonte inspiradora
Os mais belos poemas são circunstanciais
Advindos ou não de uma inspiração
Refletem vontades e manejos cruciais
Que se manifestam integralmente ou não.
O fim pode estar no começo
Ou quem sabe no meio a vontade de se declarar
Mais a fonte inspiradora incomensurável
Pode estar encoberta por um simples piscar
O que importa é a gestão
Que longe da inspiração
Dignifica todo e qualquer refrão
Mesmo querendo sem ter aptidão.
A suave lamúria alegre ou triste
Perde-se no sentido atroz
E o belo simplesmente coexiste
Tornando o autor seu próprio Algoz.
AB Mar / 2015
O tempo e o vento
O tempo se perdeu no tempo,
E eu me perdi no teu olhar.
Teu semblante de menina mulher
Fascina-me e vem a cativar.
O vento que restou do tempo
Sacoleja esse meu vislumbrar,
Tua pele tão minha e tão macia
Que desnorteia meu caminhar.
Nesta brisa festejo a alegria
De quem nunca vai largar,
Mas como o poeta entristecido
Estremeço só de pensar.
A certeza desta rotina
Vem, no entanto remediar.
Se as sombras estão no passado,
Busco teus olhos ao meu contemplar
AB Mar / 2015
Horizontes livres
Libertos! Somente meus horizontes,
Que dispersos se dissipam nas realidades
Vividas e sentidas em sonhos.
Apenas os sonhos propagam meu caminhar,
E longe se esvai a crítica contundente,
De repente, inerte e abrangente,
Intrínseca, em minha ventura.
Do amor, digam o que quiserem,
Pois não os perdi, mas os tenho.
Fortes e verdadeiros em mim enraizados,
Como âncoras que impedem as partidas.
De fato, não tenho como mensurar,
Se liberto pelo Sol ou preso pela Lua,
Mas ambos fazem desta jornada,
Meu rumo a trilhar.
Aprendi que o tempo tem seu tempo,
E dele, tudo a esperar...
Sou livre pelos sonhos e o amanhã,
Bom, o amanhã, Deus dará!
Advindos ou não de uma inspiração
Refletem vontades e manejos cruciais
Que se manifestam integralmente ou não.
O fim pode estar no começo
Ou quem sabe no meio a vontade de se declarar
Mais a fonte inspiradora incomensurável
Pode estar encoberta por um simples piscar
O que importa é a gestão
Que longe da inspiração
Dignifica todo e qualquer refrão
Mesmo querendo sem ter aptidão.
A suave lamúria alegre ou triste
Perde-se no sentido atroz
E o belo simplesmente coexiste
Tornando o autor seu próprio Algoz.
AB Mar / 2015
O tempo e o vento
O tempo se perdeu no tempo,
E eu me perdi no teu olhar.
Teu semblante de menina mulher
Fascina-me e vem a cativar.
O vento que restou do tempo
Sacoleja esse meu vislumbrar,
Tua pele tão minha e tão macia
Que desnorteia meu caminhar.
Nesta brisa festejo a alegria
De quem nunca vai largar,
Mas como o poeta entristecido
Estremeço só de pensar.
A certeza desta rotina
Vem, no entanto remediar.
Se as sombras estão no passado,
Busco teus olhos ao meu contemplar
AB Mar / 2015
Horizontes livres
Libertos! Somente meus horizontes,
Que dispersos se dissipam nas realidades
Vividas e sentidas em sonhos.
Apenas os sonhos propagam meu caminhar,
E longe se esvai a crítica contundente,
De repente, inerte e abrangente,
Intrínseca, em minha ventura.
Do amor, digam o que quiserem,
Pois não os perdi, mas os tenho.
Fortes e verdadeiros em mim enraizados,
Como âncoras que impedem as partidas.
De fato, não tenho como mensurar,
Se liberto pelo Sol ou preso pela Lua,
Mas ambos fazem desta jornada,
Meu rumo a trilhar.
Aprendi que o tempo tem seu tempo,
E dele, tudo a esperar...
Sou livre pelos sonhos e o amanhã,
Bom, o amanhã, Deus dará!
AB / Abril 2015
Talvez um dia
Talvez um dia os valores mudem,
Os amores perdurem,
E os corações inquietos e desvairados
Sintam-se novamente apaixonados.
Talvez um dia nos esqueçamos,
Das tormentas que nos atormentam,
Dos requisitos malditos,
Do dito, por não dito.
Talvez um dia, quem sabe,
O melhor há de vir,
E a certeza no porvir,
Realce a felicidade.
Talvez um dia, em mais um despertar,
Possamos nos aquietar,
Sem no peito sentir,
O coração a sangrar.
Talvez um dia,
Num dia qualquer aconteça,
Desilusões às avessas...
Talvez um dia!
AB / ABR 2015
Nosso tempo
Se não houver tempo
Para que neste tempo
O tempo que tenho
Seu tempo seja suficiente
Para a concepção
Do meu tempo
Então não importa
Se não tenho tempo
Para o tempo que tenho
Expressar o quanto tempo
Andei sem tempo
Para o tempo
De ser todo seu
O meu tempo.
Legado
Há que se honrar o legado
Intenso pelas lutas
E digno pelo passado
.
A luta se fez necessária
Até o dia derradeiro
E no peito a força de um guerreiro
Incólume em suas jornadas.
Assim como os reveses se dissiparam
Inglórios que tenham sido
De outros bravos episódios,
Sempre em frente
De olhar amadurecido
Forte e pronto
Rumo ao desconhecido.
No fim um novo começo
Ávido pelo aprendizado
E o ciclo se perpetua
AB Maio / 2015
Foco
Não tome para si as tristezas
De um breve momento
Nem pense que sua felicidade
Será eterna e contagiante.
Das lágrimas podemos extrair sorrisos
Mas nenhum dos dois é constante
E tudo passa repentinamente
Assim como se prestou ao que veio.
Resgate seus sonhos
E não desista deles
Acredite em sua força interior e prossiga
Nada como um dia depois do outro.
O sentido da vida não é medido
Pelo que tens e sim pelo que és.
Sê forte e digno
Recrie e reconstrua
E nunca, nunca, nunca,
Perca o foco.
AB Maio / 2015
Hoje é só mais um dia
Não sirvo para descontentamentos e nem quero
Hoje é só mais um dia
Não sirvo para descontentamentos e nem quero
Sofrer das dores do mundo,
Mas quem sou eu, que um dia pensei ser especial?
Em quê, no quê...
Sou apenas um homem com todos os erros nas veias
E o temor do confinamento no coração.
Das certezas encontradas somente o vazio e a desilusão,
Que servem de alento as jornadas infindáveis
Reconhecidas em meus passos incertos.
Inseguro? Não, mas temerário e descrente no amor,
Que assim como tudo um dia se acaba.
Do nada, por nada e sem explicação!
Hoje é só mais um dia,
E meus olhos abertos, de certo desertos,
Como outrora, mas a jovialidade imperava,
Num tempo onde os passos eram firmes,
E o brilho marcante e altivo se manifestava.
Mas que sutilmente, de uma hora para outra,
Se apagou.
AB Maio / 2015
Obrigado!
Obrigado!
Obrigado por mais um dia,
Pelas provas, pelo perdão,
Pelo aprendizado, por tanto espaço,
Pelo amor e pela compreensão.
Obrigado pela fartura,
Pela ventura e a aventura,
E também o reconhecimento
Do sano e do insano.
Meu passado, presente e futuro.
E no duro, pelas alegrias e tristezas.
Sentimentos, paixões e desilusões,
Pelas estrelas e por este momento.
Obrigado pelos protetores,
Pelos amigos e parentes,
Pelos ausentes e os presentes,
E principalmente...
Por tua sublime compaixão.
Convicção
Não sou mais meu retrato,
Não me vejo mais nas fotos,
O passado foi um sonho e
Destas lembranças,
Nem as sombras estão presentes.
Meu cansaço aliviado se resume,
Na altivez do infinito presente
Do agora.
A esperança tornou-se magia,
E o incessante fulgor descoberto,
Reluz no esplendor do amanhecer
O sentimento de gratidão
Pela conquista de tão
Enriquecida
convicção.
AB Dez / 2015
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