9ª Página - Meus Poemas


Meus Poemas:





Maciez dos sentidos



Lábios alegres entregam-se,


Encontram-se na maciez dos sentidos.


Unidos desde sempre,


Ansiosos, sorridentes.


Como sempre desejados,


Neste encontro usual,


Quase sempre casual.


Flamejante, intenso perde o senso,


Desabrocha o subconsciente, sente rente,


Se apruma e coaduna, incessante se


Culmina, como obra prima.


E na cumplicidade


Duplicada deflagrada inerte,


Almejada e alcançada


Se enlouquece.


AB Jan / 2015






Permeando


Nos desencontros encontro a dor.


De semblante triste, vagueio permeio,


Clamo teu amor, meu meio, teus seios,


Que exploro sem pudor.


Te espero, te procuro, te quero,


Me refaço, sem compasso no teu traço.


De peito aberto, ando incerto,


Recomeço e não meço, estou deserto,


Sem o toque dos teus braços.


Cato meus cacos e sem tato,


Revejo nossas vidas, nosso trato.


Nessa paixão desmedida,


Por você minha vida.


AB Jan / 2015






Face oculta


Não quero te falar de inspiração,


Nem invocar os deuses complacentes.


Somos semblantes na multidão,


Desprovidos de faces, ocultos na imensidão.


Perdura-me o latejar incessante,


Das conquistas descabidas, vividas.


Perenes, hoje ausentes torturam-me,


As incógnitas da própria vida,


De certo mal resolvidas,


Que no amor escaldante se expressa,


Reluzindo o impenetrável, afável e,


Doce resumo da minha paixão!


Vida, que te quero viver!


Mas longe do naufrágio, contemplado,


Apenas pela Lua no crepúsculo


Crescente do amanhecer.


AB Fev / 2015







Quietude


Hoje eu quero a calma de um ancião


A paz dos ventos nas praias,


E a sabedoria almejada, inspiradora.


Quero ver além dos horizontes


O que vem depois das nuvens


Mostrar através do brilho dos meus olhos


A quietude dos reis sábios,


Que se manifestam pelos raios solares,


Em esplendor natural.


Quero voar como gaivotas


E fluir sobre as ondas despretensiosas.


Hoje só quero isso!


AB Mar / 2015






Emanações do bem



Calma, paciência e tranquilidade.


Pureza, esplendor e paraíso.


Amor, paixão e aconchego.


Suavidade, brisa e vento.


Fartura, riqueza e prosperidade.


Conduta, lógica e razão.


Paz, felicidade e alegria.


Valente, forte e saudável.


Gente, pessoas e amigos.


Sentimento, ternura e poesia.


Tempo, vida e longevidade.


Artes, imagem e ação.


Acordes, tons e música.


Certeza, fé e afinco.


Criar, aprender e descobrir.


Ter, ser e partilhar.


AB Mar / 2015






A fonte inspiradora


Os mais belos poemas são circunstanciais


Advindos ou não de uma inspiração


Refletem vontades e manejos cruciais


Que se manifestam integralmente ou não.


O fim pode estar no começo


Ou quem sabe no meio a vontade de se declarar


Mais a fonte inspiradora incomensurável


Pode estar encoberta por um simples piscar


O que importa é a gestão


Que longe da inspiração


Dignifica todo e qualquer refrão


Mesmo querendo sem ter aptidão.


A suave lamúria alegre ou triste


Perde-se no sentido atroz


E o belo simplesmente coexiste


Tornando o autor seu próprio Algoz.


AB Mar / 2015






O tempo e o vento

O tempo se perdeu no tempo,


E eu me perdi no teu olhar.


Teu semblante de menina mulher


Fascina-me e vem a cativar.


O vento que restou do tempo


Sacoleja esse meu vislumbrar,


Tua pele tão minha e tão macia


Que desnorteia meu caminhar.


Nesta brisa festejo a alegria


De quem nunca vai largar,


Mas como o poeta entristecido


Estremeço só de pensar.


A certeza desta rotina


Vem, no entanto remediar.


Se as sombras estão no passado,


Busco teus olhos ao meu contemplar

AB Mar / 2015






Horizontes livres

Libertos! Somente meus horizontes,


Que dispersos se dissipam nas realidades


Vividas e sentidas em sonhos.


Apenas os sonhos propagam meu caminhar,


E longe se esvai a crítica contundente,


De repente, inerte e abrangente,


Intrínseca, em minha ventura.


Do amor, digam o que quiserem,


Pois não os perdi, mas os tenho.


Fortes e verdadeiros em mim enraizados,


Como âncoras que impedem as partidas.


De fato, não tenho como mensurar,


Se liberto pelo Sol ou preso pela Lua,


Mas ambos fazem desta jornada,


Meu rumo a trilhar.


Aprendi que o tempo tem seu tempo,


E dele, tudo a esperar...


Sou livre pelos sonhos e o amanhã,


Bom, o amanhã, Deus dará!


AB / Abril 2015







Talvez um dia

Talvez um dia os valores mudem,

Os amores perdurem,

E os corações inquietos e desvairados

Sintam-se novamente apaixonados.


Talvez um dia nos esqueçamos,

Das tormentas que nos atormentam,

Dos requisitos malditos,

Do dito, por não dito.


Talvez um dia, quem sabe,

O melhor há de vir,

E a certeza no porvir,

Realce a felicidade.

Talvez um dia, em mais um despertar,

Possamos nos aquietar,

Sem no peito sentir,

O coração a sangrar.


Talvez um dia,

Num dia qualquer aconteça,

Desilusões às avessas...

Talvez um dia!


AB / ABR 2015




Nosso tempo


Se não houver tempo

Para que neste tempo

O tempo que tenho

Seu tempo seja suficiente

Para a concepção

Do meu tempo

Então não importa

Se não tenho tempo

Para o tempo que tenho

Expressar o quanto tempo

Andei sem tempo

Para o tempo

De ser todo seu

O meu tempo.

AB Maio 2015




Legado


Há que se honrar o legado

Intenso pelas lutas

E digno pelo passado
.
A luta se fez necessária

Até o dia derradeiro

E no peito a força de um guerreiro

Incólume em suas jornadas.

Assim como os reveses se dissiparam

Inglórios que tenham sido

De outros bravos episódios,

Sempre em frente

De olhar amadurecido

Forte e pronto

Rumo ao desconhecido.

No fim um novo começo

Ávido pelo aprendizado

E o ciclo se perpetua

Num vai e vem ensaiado.

AB Maio / 2015



Foco

Não tome para si as tristezas

De um breve momento

Nem pense que sua felicidade

Será eterna e contagiante.

Das lágrimas podemos extrair sorrisos

Mas nenhum dos dois é constante

E tudo passa repentinamente

Assim como se prestou ao que veio.

Resgate seus sonhos

E não desista deles

Acredite em sua força interior e prossiga

Nada como um dia depois do outro.

O sentido da vida não é medido

Pelo que tens e sim pelo que és.

Sê forte e digno

Recrie e reconstrua

E nunca, nunca, nunca,

Perca o foco.

AB Maio / 2015



Hoje é só mais um dia

Não sirvo para descontentamentos e nem quero

Sofrer das dores do mundo,

Mas quem sou eu, que um dia pensei ser especial?

Em quê, no quê...

Sou apenas um homem com todos os erros nas veias

E o temor do confinamento no coração.

Das certezas encontradas somente o vazio e a desilusão,

Que servem de alento as jornadas infindáveis

Reconhecidas em meus passos incertos.

Inseguro? Não, mas temerário e descrente no amor,

Que assim como tudo um dia se acaba.

Do nada, por nada e sem explicação!

Hoje é só mais um dia,

E meus olhos abertos, de certo desertos,

Como outrora, mas a jovialidade imperava,

Num tempo onde os passos eram firmes,

E o brilho marcante e altivo se manifestava.

Mas que sutilmente, de uma hora para outra,


Se apagou.

AB Maio / 2015



Obrigado!

Obrigado por mais um dia,
Pelas provas, pelo perdão,
Pelo aprendizado, por tanto espaço,
Pelo amor e pela compreensão.

Obrigado pela fartura,
Pela ventura e a aventura,
E também o reconhecimento
Do sano e do insano.

Meu passado, presente e futuro.
E no duro, pelas alegrias e tristezas.
Sentimentos, paixões e desilusões,
Pelas estrelas e por este momento.

Obrigado pelos protetores,
Pelos amigos e parentes,
Pelos ausentes e os presentes,
E principalmente...

Por tua sublime compaixão.

AB  Maio / 2015













Convicção

Não sou mais meu retrato,
Não me vejo mais nas fotos,
O passado foi um sonho e
Destas lembranças,
Nem as sombras estão presentes.
Meu cansaço aliviado se resume,
Na altivez do infinito presente
Do agora.
A esperança tornou-se magia,
E o incessante fulgor descoberto,
Reluz no esplendor do amanhecer
O sentimento de gratidão
Pela conquista de tão

Enriquecida convicção.

 AB Dez / 2015

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