Não tenho tudo que amo, mas...
Outro
dia vi um adesivo na traseira de um carro muito significativo: “Não
tenho tudo que amo, mas que se foda”. Então pensei, se o cara não
pode ter tudo que gosta isso não significa que ele é infeliz, simplesmente não
tem e pronto. Vida que segue. A questão é que nem todos pensam assim. Muitos
acham imprescindível ter tudo e se possível do melhor. Outros desdenham e a
grande maioria não pode, mas está aí e isso faz a diferença no mundo. Essa é
uma grande alavanca e mola propulsora
da vida. Alguns outros poucos vão conseguir, mas a maioria vai continuar na
mesma e em certos casos irão regredir. Já conheci muitas pessoas com excelente
astral, porte e inteligência e que sucumbiram ao longo dos anos. Nessa hora se
vê até a dignidade perdida, os sonhos destroçados e o sorriso da juventude
esmaecido pelo tempo.
Eu
gostaria muito de dizer que tudo isso faz parte de um plano muito sinistro para
a parca compreensão de nós seres humanos, mas também sou humano e navego no
mesmo barco que todos. Ricos e pobres, todos juntos nessa mesma jornada:
buscando, encontrando, perdendo e
ganhando, sorteando, enaltecendo ou difamando, mas todos rumo a tão sonhada
felicidade, que pode apenas ser a sensação de missão cumprida ou a batalha
perdida.
O
que tanto procuramos: compreensão, compaixão, amor, reconhecimento, gratidão,
são adjetivos demais para se enumerar, mas tão pouco para se completar uma
vida. Tudo isso é muito fugaz e vago e se perdem ou se conquistam através dos
anos. Nesse vai e vem de conquistas e perdas, entretanto uma certeza: “amanhã
sempre será um novo dia”.
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