O tempo se perdeu no tempo,
E eu me perdi no teu olhar.
Teu semblante de menina mulher
Fascina-me e vem a cativar.
O vento que restou do tempo
Sacoleja esse meu vislumbrar,
Tua pele tão minha e tão macia
Que desnorteia meu caminhar.
Nesta brisa festejo a alegria
De quem nunca vai largar,
Mas como o poeta entristecido
Estremeço só de pensar.
A certeza desta rotina
Vem, no entanto remediar.
Se as sombras estão no passado,
Busco teus olhos ao meu contemplar.
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