Face oculta
Não quero te falar de inspiração,
Nem invocar os deuses complacentes.
Somos semblantes na multidão,
Desprovidos de faces, ocultos na imensidão.
Perdura-me o latejar incessante,
Das conquistas descabidas, vividas.
Perenes, hoje ausentes torturam-me,
As incógnitas da própria vida,
De certo mal resolvidas,
Que no amor escaldante se expressa,
Reluzindo o impenetrável, afável e,
Doce resumo da minha paixão!
Vida, que te quero viver!
Mas longe do naufrágio, contemplado,
Apenas pela Lua no crepúsculo
Crescente do amanhecer.
AB Fev / 2015
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