Eu sempre penso muito. Aprendi desde muito menino a conviver
comigo mesmo da melhor forma possível. Não tenho aqui a pretensão de dizer
grandes verdades a respeito do meu aprendizado, mas de certa forma, em muitas
ocasiões percebi que lido bem com esse jogo intrincado que são nossos
pensamentos. Com o passar dos anos, notei em mim a extrema capacidade de
conviver com os reveses impostos na minha caminhada. Ao receber qualquer
notícia, informação ou ciência de qualquer coisa grave, no começo achava impossível
de resolver ou até mesmo aceitar tal fato. Hoje, paro, respiro fundo e ao mesmo
tempo em que analiso todas as possibilidades, encaro como fato ocorrido e
projeto o acontecimento como se já tivesse passado pelo menos 10 anos. Isso não
alivia de forma alguma a dor, o sofrimento ou mal estar momentâneo, mas reduz
em muito o fardo que ora se apresenta, diminuindo consequentemente o problema
em questão.
Aquilo que não tem remédio, remediado está. Tudo na vida
sempre passa. Sigo esse lema há muitos anos e por isso, apesar de ser e me
sentir muito pressionado, convivo bem com essas questões e dilemas internos.
Tenho sempre uma brisa de esperança e otimismo, que as coisas a qualquer
momento vão mudar. Impulsiono-me sempre a favor dessa brisa com interesse e modificação,
afim realmente de mudar. Penso que dessa forma, estou favorecendo um
autocontrole sobre as diferentes situações a que sou submetido.
Nunca digo: “estou chocado”, ”estou magoado” ou “estou
perplexo”. Logicamente após analisar o fato ou acontecimento, é comum não dizer
nada, ou apenas dizer: isso também vai passar.
As alegrias e virtudes, assim como os reveses e
decepções,também passam e ficam as lembranças, que armazeno ou destruo.
Vale somente saber, que nada ficará no vazio do esquecimento
ou na monotonia da rotina, pois a caminhada de hoje, será as pegadas nos
sonhos de amanhã.
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