A busca
Somos levados pela sorte, pelos caminhos bem ou mau
escolhidos, que de sorte nos trouxeram até aqui. Viajantes espirituosos sem destino nenhum,
encolhidos pelo tempo com voz rouca e de pele amarrotada, buscando o vigor
ainda latente e impulsionados pelos episódios remanescentes de outrora. Esse
buraco sanguessuga, que nos remete ao mais longínquo e sórdido devaneio de
conquistas inexpressivas ao lidar com intensas e habituais formas de pensamentos
esquizofrênicos, de certo emoldurados pelas razões intrínsecas embotadas em
cérebros coagulados e que nada significam.
Por um breve instante tudo e por um triz nada. Nesse
turbilhão de fatos e acontecimentos, um trágico e repentino estardalhaço de um
frenético murmúrio ouvido aos quatro cantos como se fossem atendidas as
súplicas repletas de lágrimas, cheias de fé e agradecimentos. Está consumado:
princípio, meio e fim foram revogados e na imensidão sacramentados. Serão apenas
os eleitos então os direcionados? A dúvida se esclarece, quando tudo aqui se
repete e nada de novo acontece. Se não for clausura, porque essa formosura de
tão lindas vistas sobrepostas a nossa vontade? Tudo há seu tempo, mesmo sem
consenso e o flerte disperso e incongruente, turvado e esquecido num passado remoto,
preste a sucumbir a delineados sentidos vividos nesse exato momento.
A busca é o meio.
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