Palhaçada
Esta reflexão não se refere aos homens de boa índole que tem
por profissão divertir e alegrar a todos os demais, mas sim para aqueles que se
dizem políticos e que dentro do conceito que escolheram, teriam de cumprir suas
verdadeiras tarefas, objetivando o bem comum entre os cidadãos. Infelizmente
não vemos isso acontecer. Todo dia, temos informações que nos deixam perplexos
e indignados diante a completa imoralidade e desrespeito para conosco, homens
de bem, cidadãos comuns. É difícil compreender o que leva um sujeito a ser
descaradamente corrupto. Dinheiro, poder, ego. Não se justifica em momento
nenhum da nossa história, sermos tratados como débeis e incapazes por políticos
de tais natureza. Como podemos aceitar passivamente desse escárnio deflagrado
de leis que são submetidas a seus interesses próprios, sem levar em
consideração nosso suor para o movimento dessa miserável marca chamada Brasil.
Sabemos da grandeza do nosso País e é claro queremos o melhor para todos, mas o
que seria o melhor para todos?- Sem dúvida nenhuma a EDUCAÇÃO, SAÚDE E O
TRABALHO, apenas isto. Na verdade acredito que educação e saúde são itens de
uma cesta que nunca será básica, porquanto o interesse comum da corja que
deveria lutar e dar seu sangue em prol de uma sociedade justa e próspera, trabalham para seus interesses próprios, não deixando de maneira nenhuma o povo
fazer parte dessa nação com dignidade, autoconfiança e suficiência. Então, vivemos
dessa palhaçada, desse absurdo que é ser brasileiro, estando nas mãos de
autarquias que menosprezam os interesses de muitos em detrimento do interesse
de poucos.
Não citarei nesse texto, nenhum dos absurdos que a toda hora
vemos ou ouvimos, porque seria cansativo e repetitivo demais, já dito tantas
vezes por aqueles que realmente sabem e compreendem aquilo que tento expressar
nessas humildes linhas. O inconcebível, é ter a certeza de que pouco ou nada
podemos fazer e assim não fazemos nada, apenas apreciamos a esse trágico
espetáculo e caímos na gargalhada, porque eles realmente nos fazem chorar de
rir com tantas palhaçadas, com tantas leis e decretos que até aqui só encheram seus
bolsos, deixando as moedas para o povo catar.
E assim o tempo passa e a corja se renova e nossos filhos
viverão exatamente aquilo que vivemos. Aquilo que não queremos aos nossos
próprios filhos. A questão aqui não é saber votar ou ir as urnas com algum tipo
de convicção em um determinado político e sim compreender o seu voto, para que ao menos
tenhamos uma chance de mudar todo esse conceito, toda essa palhaçada.
Será que é tão complicado assim, ter escolas a altura dos
países desenvolvidos? Será que é tão complicado assim os professores terem um
salário que faça jus a sua contribuição com a educação dos nossos filhos?- Isso
de forma alguma deveria ou pode ser complicado, pois sabemos que temos esse
dinheiro em caixa e nos altos impostos que nos são cobrados, senão, como se explica essa
grande palhaçada de construir estádios monumentais, indo contra até das
próprias regras dos organizadores, isso passou dos limites. Esse País deveria
ser interditado, pelo mau uso do dinheiro público e pela insensatez de uma
minoria egocêntrica. Sou amante incondicional do futebol e ficarei muito feliz
em ver o Brasil campeão, se bem que acho difícil. Sei também que muitas dessas obras trarão um grande
avanço, principalmente nas cidades que sediarão os jogos e muitas outras boas
aquisições estarão à mercê do povo, mas sei também que houve um enorme exagero
na construção principalmente daqueles estádios onde o futebol não é nem de
longe uma alavanca para determinadas Cidades. Ali, pelo menos 50% desse vultoso
dinheiro, poderiam ser levados a construções de escolas maravilhosas e
hospitais dignos de marajás para nossa tão sofrida sociedade.
Um dia, políticos serão obrigados a ter diplomas de
políticos, isso em 1º grau, onde terão de mostrar através de provas fundamentadas que
estão capacitados moral e psiquicamente qualificados para exercer tal profissão
e claro, sem vislumbrar uma bola vermelha presa no nariz do contribuinte.
Por: Antonio Bencardino
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